Shoot for the stars

13:54 Joana Santos 10 Comments

E chegámos ao fim de 2016. Para ser sincera, adoro esta sensação desde que me conheço: a felicidade com que enterro um ano, relembrando tudo o que aconteceu de bom e retirando aprendizagens daquilo que correu mal. 2016 foi um ano estranho: talvez possa mesmo dizer que foi o ano com mais altos e baixos da minha vida, com mais surpresas, com mais tempestades mas também com mais arco-íris. Durante a primeira metade do ano, sinto que vivi num estado de euforia constante: se olhar para trás, só me lembro das cores com via os meus dias, das gargalhadas partilhadas, dos planos (demasiado) sonhadores que fiz para a minha vida, das histórias, do desprendimento, da liberdade que, de repente, senti dentro do meu ser. Depois, a maior surpresa de todas: um amor feliz, que não pedi que viesse. O maior amor que já senti dentro do meu coração. A felicidade mais pura que já partilhei. O personificação de um sentimento que todos os dias me agarra a essa felicidade, mesmo quando a tempestade fica mais forte. E, logo a seguir, a letargia: dia após dia, fui sentindo cada vez mais que me arrastava para epicentro de um tremor de terra e, com isso, chegou a sensação de que já não me reconhecia. Perguntei-me, tantas vezes, ao longo destes últimos meses do ano quem sou eu, para onde foi a Joana que era capaz de se sentir, de olhar para o seu interior, de levar avante os seus valores e ideais? Tenho a sorte de, mesmo assim, saber reconhecer sinais quando eles chegam e tenho ainda mais sorte por, sem pedir, eles me caírem aos pés, como revelações. E foi assim que, de um momento para o outro, bem no meio das ondas mais altas, consegui perceber que precisava de ajuda (Obrigada, Mariana! Obrigada, Sónia!). Afinal de contas, chorar faz bem, mas chorar todos os dias sem saber porquê não se recomenda a ninguém. Foi ao pedir ajuda que pude, finalmente!, sentir-me um bocadinho mais eu: a Joana de sempre. Foi ao pedir ajuda que me relembrei (posso agradecer-vos outra vez?) do quão bom é planear, decidir, arriscar, começar, atirar-me de cabeça e, sobretudo, sonhar. Voltei a sentir a presença de pessoas verdadeiramente inspiradoras e a desejar inspirar de novo aqueles que estão à minha volta. Hoje, fiz algo que já não fazia há muito tempo: sentei-me, em silêncio, fechei os olhos, respirei fundo, abri e coração e coloquei no papel (no meu lindo bullet journal) aquilo que quero para a minha vida daqui em diante: escolhi as palavras base para o meu ano - amor, estabilidade, equílibrio e aprendizagem - e diverti-me a pensar em como concretizá-las e torná-las em algo palpável, algo que, daqui a um ano, me faça pensar que sou a melhor pessoa que podia ser e que sou, sobretudo, FELIZ. Tudo isto não é fácil: dá trabalho, exige que pense, que sinta, que chore, que me revolte. Que acorde fantasmas antigos. E todos os dias são diferentes: há dias bons, há dias maus, há dias em que me convenço de que não consigo, de que não sou boa o suficiente, de que nunca vou conseguir. Mas, mais do que isso, vale a pena! Vale a pena sentir-me leve, sentir-me mais e mais realizada e perto de mim outra vez dia após dia. Vale a pena sentir que resolvo o que há muito tempo acumulo na minha pilha de problemas para resolver. Vale a pena descobrir quem sou verdadeiramente e qual é o meu papel no mundo. Vale a pena perceber que até mesmo os dias mais feios e cinzentos trazem com eles uma bagagem que podemos transformar em algo positivo, num ensinamento valioso. Cresço. Evoluo. E é por isso que, hoje, me sinto com tanta energia para correr atrás do que quero: 2017 está aí à porta e esperam-se muitos projectos novos, o regresso de projectos antigos, crescimento pessoal e muita inspiração para continuar este caminho. 2016 foi um ano, acima de tudo, necessário. Afinal de contas, às vezes é mesmo preciso parar, tocar no fundo e descobrir forças onde pensávamos já não existir nada para nadar até à superfície e reparar no quão belo é viver. 



Com amor,
Joana

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10 comentários:

  1. Minha querida na vida é necessário passar por várias coisas, várias experiências e vários sentimentos. E claro os maus momentos fazem parte. Graças a eles temos a oportunidade de crescer, de evoluir, de ter a noção plena do que queremos e do que não queremos. Posto isto na minha opinião devemos ser sempre gratos até pelas coisas menos boas!
    Lendo o que escreves vejo que o balanço do teu ano é bastante positivo minha querida, que bom!!
    Resta-me desejar-te que 2017 seja ainda melhor, que te traga muitas coisas boas, principalmente saúde, paz, alegria, aprendizagem e muito amor em todos os seus dias!
    Beijinho enormeeee***

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    1. Obrigada, querida Catarina, por este comentário. Que bom lê-lo e relê-lo. Um grande beijinho. ***

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  2. É incrível como conseguimos viver tanto, passar de um extremo a outro; cair e renascer. Todos esses altos e baixos fizeram de ti o que és hoje. Espero que 2017 te reserve coisas maravilhosas :)

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  3. Aiii, adorei a reflexão. Muita força, Joana! Desejo-te um excelente ano :)

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  4. Às vezes o nosso interior precisa de "um tempo" e transmite-nos isso de maneiras um tanto ou quanto estranhas, mas felizmente aprendemos a "ler-nos" por dentro e isso só nos faz crescer. :)
    Um bom ano Joana, com tudo o que queiras de melhor para ti. :*
    Beijinho

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  5. Um excelente 2017 para ti e muitos mais posts no blog :) Beijinhos

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  6. ♥ deste lado também foi um ano e pêras...mas estamos cá para isso, para aprender também, não é? :) 2017 vai ser bom!

    beijinho
    adriana

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  7. Feliz Ano Novo :D que 2017 seja fantástico!

    Beijinhos,
    O meu reino da noite ~ facebook ~ bloglovin'

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  8. Foi um ano em cheio então , mas espero que 2017 seja ainda melhor e que todos os teu objetivos sejam atingidos. Gosto sempre de te ler por isso , espero que também continues por estes lados da blogosfera :) beijinhos

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